sábado

Encontro "Interação, Cooperação e Partilha"

Numa sociedade complexa e em rápida mudança cada pessoa enfrenta constantemente novos desafios
na construção dos seus projetos de vida.
O sucesso e a satisfação nos domínios da formação e do trabalho são elementos importantes para o bem-estar e para o desenvolvimento pessoal, social e económico.

Na construção de um projeto vocacional, é importante aprender a :
  • Conhecer as próprias capacidades e preferências;
  •  Explorar e interagir com oportunidades de formação e de trabalho;
  •  Estabelecer objetivos de vida;
  •  Otimizar decisões e recursos;
  •  Ser agente ativo e responsável do seu próprio desenvolvimento.
autoconceito (conhecimento de si mesmo e das suas potencialidades) é determinante nas opções vocacionais e, como diria Allport, tomar consciência de si mesmo é o processo mais importante que acontece na vida de uma pessoa.

Foi a pensar na importância da disseminação de boas práticas em matéria de orientação vocacional que os CQEP da COOPETAPE promoveram o encontro “Interação, Cooperação e Partilha”,dirigido às Direções e SPOs de diversas Escolas/Agrupamentos de Escolas (Concelhos: Barcelos, Viana do Castelo e Ponte de Lima).
Encontro realizado na Unidade de Formação de Hotelaria e Turismo da ETAP - Escola Profissional, em Vila Praia de Âncora.

quinta-feira

OS CQEP da COOPETAPE| Missão

Denominação: CQEP – COOPETAPE, Cooperativa de Ensino, CRL (Viana do Castelo e Valença)

Início de atividades: 10 de fevereiro de 2014

Despachos de autorização de funcionamento:
Despacho n.º 938/2014, publicado em Diário da República, 2.ª Série – N.º14 – 21 de janeiro de 2014

Despacho n.º 1467/2014, publicado em Diário da República, 2.ª série – N.º 20 – 29 de janeiro de 2014 http://dre.pt/pdf2sdip/2014/01/020000000/0291302914.pdf



© Fotografia| CQEP COOPETAPE




MISSÃO| Âmbito e Atribuições

Âmbito
A Atividade dos CQEP da COOPETAPE centra-se:
  1. Na informação, orientação e encaminhamento de jovens e adultos que procurem uma formação escolar, profissional ou de dupla certificação e/ou visem uma integração qualificada no mercado de trabalho.
  2. No desenvolvimento de processos de reconhecimento, validação e certificação de competências adquiridas pelos adultos ao longo da vida, por vias formais, informais e não formais, nas vertentes escolar, profissional ou de dupla certificação, em estreita articulação com outras intervenções de formação qualificantes.

Atribuições
São atribuições dos CQEP da COOPETAPE:
  1. A informação, orientação e encaminhamento de jovens com idade igual ou superior 15 anos ou, independentemente da idade, a frequentar o último ano de escolaridade do ensino básico, tendo por base as diferentes ofertas de educação profissional, as possibilidades de prosseguimento de estudos e as oportunidades de emprego, procurando adequar as opções aos perfis, às necessidades, às motivações, às expetativas e capacidades individuais;
  2. A informação, orientação e encaminhamento de adultos, com idade igual ou superior a 18 anos de idade, tendo por base as diferentes modalidades de qualificação, designadamente o reconhecimento de competências ou ofertas de educação e formação profissional, as oportunidades de emprego ou de progressão profissional, procurando adequar as opções aos perfis, às necessidades, às motivações, às expetativas e capacidades individuais;
  3. O desenvolvimento de ações de informação e divulgação no âmbito de escolas do ensino básico e secundário, de centros do Instituto do Emprego e da formação Profissional, I.P. (IEFP, I.P.), de entidades formadoras certificadas nos termos legalmente previstos e de empresas e outros empregadores, sobre as ofertas de educação e formação profissional disponíveis e ou sobre a relevância da aprendizagem ao longo da vida.
  4. O desenvolvimento de processos de RVCC, nas vertentes escolar, profissional ou de dupla certificação, com base nos referenciais do Catálogo Nacional de Qualificação (CNQ).

O CQEP da COOPETAPE assegura as seguintes etapas de intervenção:
  • Acolhimento: inscrição do candidato (jovem ou adulto) e seu esclarecimento, considerando a missão e o âmbito de intervenção dos CQEP;
  • Diagnóstico: análise do perfil do candidato, com o objetivo de identificar respostas de educação e/ou formação ajustadas à sua situação (motivações, necessidades e expetativas);
  • Informação e Orientação: Identificação de projetos individuais de educação e qualificação profissional, tendo presente opções realistas de prosseguimento de estudos e/ou de integração no mercado de trabalho;
  • Encaminhamento: concretização do encaminhamento do candidato para uma oferta de educação e/ou formação profissional ou ainda para um processo de reconhecimento e validação e certificação de competências – RVCC (apenas possível para candidatos adultos. Caso tenham entre 18 e 23 anos inclusive, terão de possuir pelo menos 3 anos de experiência profissional devidamente comprovada), tendo por base o processo prévio de diagnóstico e orientação;
  • Reconhecimento e Validação de Competências: Identificação e validação de competências adquiridas pelos adultos ao longo da vida, em contextos de aprendizagem formais, não formais e informais.
  • Certificação de Competências: demonstração das competências dos adultos, perante um júri, através da realização de uma prova.
EQUIPAS
Diretor: José Luís Diogo de Azevedo Presa
CQEP – Viana do Castelo
NOME
Coordenador/a
Liliana Fernandes
Técnicos de ORVC
Jovens
Joana Monteiro
Joel Gonçalves
Adultos
Alexandre Presa
Sérgio Torres

CQEP – Valença
NOME
Coordenador/a
Jorge Humberto
Técnicos de ORVC
Jovens
Isabel Carvalho
Adultos
Anabela Rodrigues
  
HORÁRIO
Os CQEP da COOPETAPE funcionam em horário alargado, laboral e pós-laboral, de forma a ir de encontro às diferentes disponibilidades dos seus utentes – Jovens e Adultos.
O horário de atendimento ao público é:
Dias úteis: das 9:00 às 13:00 e das 14:00 às 21:30
Sábados: das 9:00 às 13:00

CONTACTOS
CQEP Viana do Castelo – COOPETAPE, Cooperativa de Ensino, CRL (Viana do Castelo)
AI Minho – Campo da Senhora da Agonia
4900-360 Viana do Castelo

Telefone: 258 845 401
Telemóvel: 96 13 72 759

CQEP Valença – COOPETAPE, Cooperativa de Ensino, CRL (Viana do Castelo)
Rua Ibérico Nogueira
4930-648 Valença

Telefone: 251 823 460


sexta-feira

PRIMEIRA AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES DE ORIENTAÇÃO VOCACIONAL DESENVOLVIDAS

Para muitos jovens, o processo de escolha por uma das opções/alternativas que o sistema de ensino português oferece representa frequentemente fonte de conflito. Tanto no plano cognitivo como no plano afetivo está em jogo a tomada de uma opção de consequências em grande parte irreversíveis comportando a renúncia a potencialidades igualmente viáveis. Em muitos casos, a escolha por um curso ou por uma profissão é vivida como uma limitação de ser e, por conseguinte, como um conflito de desenvolvimento.

No domínio da Orientação Vocacional, os CQEP da COOPETAPE organizam um conjunto articulado de atividades a desenvolver ao longo de um percurso temporal que poderá coincidir com o ano letivo. Por intermédio desse conjunto de atividades, os jovens ensaiam e treinam o comportamento de planeamento estratégico de formulação de objetivos, de articulação de diversas informações úteis à organização de uma estrutura de meios-fins, indispensável ao autoconhecimento, à fundamentação de escolhas e à construção de um projeto de vida.

No ano letivo 2013.2014, os CQEP da COOPETAPE assumiram o processo de Orientação Vocacional das turmas de 9.º ano de duas escolas: EBI de Fragoso e ETAP - Escola Profissional. 
O trabalho de Orientação Vocacional desenvolvido apresentou como objetivos:
  1. Promover a maturidade vocacional do jovem;
  2. Permitir a compreensão das variáveis contextuais que influem nas escolhas vocacionais;
  3. Permitir a identificação da noção do conceito de si próprio e dos elementos que o integram (aptidões, interesses, entre outros);
  4. Permitir a identificação das atitudes, conhecimentos e capacidades necessárias à resolução das tarefas de desenvolvimento que se colocam na transição do 9.º ano para o 10.º ano de escolaridade, para a prossecução de estudos;
  5. Permitir o conhecimento da área profissional de interesse dos alunos (características das profissões e alternativas de formação);
  6. Permitir a identificação das alternativas de formação escolar e profissional que dão acesso ao exercício das profissões;
  7. Permitir o conhecimento das diversas realidades profissionais e laborais;
  8. Promover a tomada de decisão.
A 1 de julho de 2014 já se encontravam encaminhados 74 jovens para diferentes ofertas de educação e formação. Assim, 6 meses após esse encaminhamento, os CQEP iniciaram um processo de monitorização e acompanhamento do percurso de qualificação dos jovens em questão, através de uma avaliação por inquérito (instrumento criado para o efeito).

II - PROCEDIMENTO
Numa primeira fase (entre 12 e 16 de janeiro) os jovens foram contactados via telefone. Àqueles com quem não foi possível estabelecer contacto telefónico, o inquérito, acompanhado de um envelope RSF, foi enviado via postal.
Até ao dia 22 de janeiro de 2015, foram obtidas 60 respostas, o que equivale a uma taxa de resposta de 81%.

III – ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS
A análise dos resultados tem como propósito aferir: (1) o desvio (ou não) da trajetória definida; (2) razões para o eventual desvio; (3) grau de satisfação com o percurso seguido e (4) grau de satisfação com o trabalho de orientação vocacional desenvolvido pela equipa do CQEP.

Expetativas/Satisfação com o Percurso Seguido

Tabela 1 – O curso que frequentas tem correspondido às tuas expetativas?


Frequency
Percent
Valid Percent
Cumulative Percent
Valid
Sim
56
93,3
93,3
93,3
Não
4
6,7
6,7
100,0
Total
60
100,0
100,0












Inquiridos os jovens relativamente ao percurso seguido e à concretização das suas expetativas, constatou-se que 93,3% encontrou correspondência total entre o que esperava e a realidade (frequência do curso). Consequente, os índices de satisfação são bastante razoáveis: 45% dos jovens dizem estar "muito satisfeitos" e 51,7% "satisfeitos", como é possível observar na tabela 2

Tabela 2 – Como avalias o teu grau de satisfação em relação a esse mesmo curso?


Frequency
Percent
Valid Percent
Cumulative Percent
Valid
Muito Satisfeito
27
45,0
45,0
45,0
Satisfeito
31
51,7
51,7
96,7
Pouco Satisfeito
1
1,7
1,7
98,3
Nada Satisfeito
1
1,7
1,7
100,0
Total
60
100,0
100,0










         

 1 = Muito Satisfeito; 2= satisfeito; 3=Pouco satisfeito; 4= Nada Satisfeito

Cumprimento ou Desvio das Trajetórias Definidas

Tabela 3 – A tua escolha/decisão corresponde àquela que definiste com o/a psicólogo/a aquando do processo de orientação vocacional?


Frequency
Percent
Valid Percent
Cumulative Percent
Valid
Sim
42
70,0
70,0
70,0
Não
18
30,0
30,0
100,0
Total
60
100,0
100,0














Como é possível observar pela leitura da tabela 3, 18% dos jovens acabaram por seguir outros percursos que não os definidos aquando da elaboração do Plano Individual de Carreira (PIC).

Razões apontadas para o desvio:
  • Localização Geográfica/Distância;
  • Horários
  • Opção por plano inicial;
  • Resultados escolares não congruentes com as exigências do percurso pretendido;
  • Identificação com outro percurso;
  • Inexistência do curso pretendido na escola de preferência;
  • Opção por percurso que à partida lhe mantém “mais portas abertas”;
  • Não abertura do curso pretendido.

Satisfação com o trabalho de Orientação Vocacional desenvolvido pela equipa do CQEP
Os jovens quando inquiridos quanto ao grau de satisfação para com o trabalho de Orientação Vocacional que lhes foi facultado, assumiram estar satisfeitos. Como é possível verificar pela leitura da tabela 4, 53,3% manifestaram estar muito satisfeitos e 46,7% satisfeitos.

Tabela 4 – Como avalias o teu grau de satisfação com o programa de orientação vocacional que frequentaste?


Frequency
Percent
Valid Percent
Cumulative Percent
Valid
Muito Satisfeito
32
53,3
53,3
53,3
Satisfeito
28
46,7
46,7
100,0
Total
60
100,0
100,0











1 = Muito Satisfeito; 2= satisfeito; 3=Pouco satisfeito; 4= Nada Satisfeito

IV – CONCLUSÕES
Considerando os resultados expostos é possível concluir-se:
  • No geral, os resultados revelam a eficácia do programa, cumprindo os objetivos a que se propôs.
  • Alguns dos motivos que levaram jovens a alterarem a trajetória definida estavam identificados, mas apenas surgiram como obstáculos pós processo de orientação. Pelo que se pode inferir que, eventualmente, os jovens acabaram por ceder a possíveis pressões: influência de pares, por exemplo. De referir que em todos os casos foi trabalhada uma segunda opção para salvaguardar eventuais constrangimentos, como a não abertura de curso.
  • Aos jovens que se manifestaram insatisfeitos com o percurso seguido foi-lhes sugerido retornarem aos CQEP com o objetivo de as equipas os ajudarem na redefinição de projeto, caso se assuma como necessário.