quinta-feira

CQEP DA COOPETAPE| Rede Integrada de Qualificação do Norte Litoral

A portaria n.º135-A/2013, de 28 de março, regulamenta a criação, a organização e o funcionamento dos Centros para a Qualificação e Ensino Profissional (vulgo CQEP), cuja rede tem um papel estruturante no reforço da qualificação escolar e profissional, bem como da empregabilidade e da inclusão social, dos jovens e dos adultos. Os CQEP asseguram a prestação de serviços no domínio da orientação de jovens e adultos, com enfoque na informação sobre ofertas escolares, profissionais ou de dupla certificação, que promova uma escolha realista e que atenda, entre outros fatores, aos perfis individuais, à diversidade de percursos quanto ao prosseguimento de estudos ou às necessidades presentes e prospetivas do mercado de emprego.


Assim, considerando que:
a) O cumprimento dos objetivos dos CQEP, previstos na portaria n.º135-A/2013, de 28 de março, implica uma ação integrada e coordenada entre as diferentes entidades participantes no sistema de ensino e formação;
b) Estão autorizados a funcionar, no território Norte Litoral, entre outros, os seguintes CQEP: CQEP da COOPETAPE, Cooperativa de Ensino, CRL (Viana do Castelo); CQEP da Escola Secundária de Monserrate, CQEP da Ancorensis, Cooperativa de Ensino, CRL; CQEP da FORMAR, CQEP da Escola Profissional de Vila do Conde, CQEP da Escola Secundária Rocha Peixoto e o CQEP da Escola Secundária Henrique Medina, Escola Profissional de Esposende e Associação Comercial e Industrial do Concelho de Esposende.

Os coordenadores dos CQEP suprarreferidos, conscientes de que parcerias eficazes são alianças que se traduzem em benefícios mútuos, criaram as condições necessárias para a concretização da parceria batizada de: Rede Integrada de Qualificação do Norte Litoral (vulgo RIQNL).

Mensalmente os Coordenadores dos CQEP integrantes da RIQNL reúnem. Reuniões que se apresentam como momentos de partilha de experiências, de metodologias de intervenção, de procedimentos, de sugestões, de instrumentos, etc. Ou seja, são momentos que contribuem para o aperfeiçoamento dos seus centros, e, consequentemente, para a melhoria contínua do trabalho a ser desenvolvido com cada utente (jovem ou adulto).

O trabalho de cooperação assumido pela Rede Integrada de Qualificação do Norte Litoral assenta, para além de outros, no pressuposto básico de que só através de uma eficaz articulação entre os agentes de educação e formação se consegue proporcionar uma resposta eficaz às expetativas, necessidades e objetivos de cada utente.

Como tal, o papel essencial da rede RIQNL consiste, fundamentalmente, no desafio da qualificação e no desenvolvimento integrado e inclusivo, materializado nas práticas educativas e formativas, facilitadoras e indutoras da implicação do utente na [trans]formação do seu projeto de vida e promover a autoformação e enriquecimento competencial.
Com vista a dar um primeiro contributo para o cumprimento desse desígnio, a RIQNL tem previsto, para breve, o lançamento de uma Plataforma de Gestão de Rede de Ofertas Formativas (GROF da RIQNL), dirigida a jovens e adultos, na qual será disponibilizada, como o próprio nome sugere, informação atualizada referente às modalidades de qualificação disponíveis no respetivo território de atuação.

No dia 11 de fevereiro de 2015, coube ao CQEP da COOPETAPE, Cooperativa de Ensino, CRL, convocar e organizar a reunião mensal da rede. A reunião teve lugar nas instalações da Unidade de Formação de Hotelaria e Turismo da ETAP – Escola Profissional, escola da qual a COOPETAPE é entidade proprietária.

Dos assuntos trabalhados nessa reunião, são de referir:
a) Redação do protocolo a ser assinado por todos os elementos que integram a RIQNL, documento que formalizará a sua existência;
b) Feedback do encontro promovido pela RIQNL, dirigido aos formadores envolvidos no processo de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências Escolares - Avaliação (Nível Secundário), e marcação, para o mês de março, de um novo encontro;
c) Agilização dos procedimentos envoltos no lançamento da Plataforma (da QIQNL) de Gestão da Oferta Formativa bem como da cerimónia protocolar que para o efeito será organizada.
A sessão de trabalho encerrou com um almoço confecionado e servido pela equipa de Hotelaria da ETAP - Escola Profissional, que, uma vez mais, nos presenteou com o seu profissionalismo e talento.

terça-feira

A Empregabilidade e as Soft Skills

Em matéria de desemprego, Portugal é um dos países europeus com uma maior taxa de desemprego jovem (<25 anos), sendo, segundo as estatísticas, em julho de 2014, a quinta mais elevada da União Europeia (35,5%).

Neste contexto, e com o objetivo de dar um contributo na promoção da empregabilidade, surgiu o estudo "Faz-te ao Mercado", onde é efetuada uma análise do desencontro de competências observado no mercado de emprego. Isto é, a não correspondência entre não só as competências técnicas, mas também as soft skills possuídas pelos jovens (procura) e as procuradas pelos empregadores (oferta).

Segundo os empregadores, são as soft skills as competências mais importantes para garantir o sucesso dos jovens na sua transição para o mercado de trabalho.

O que são as Soft Skills?
As soft skills são competências pessoais e sociais transversais características, atitudes e comportamentos que facilitam as interações em contexto de trabalho e que promovem a performance profissional e os planos de carreira. no fundo,“as Soft Skilles têm mais a ver com quem somos do que aquilo que sabemos.”

Quais são?
O estudo “Faz-te ao mercado” identificou as 6 mais valorizadas pelos empregadores na hora de contratar, sendo elas:

RESPONSABILIDADE: capacidade de assumir compromissos e cumpri-los e demonstrar brio profissional.
DISPONIBILIDADE PARA APRENDER: esta competência relaciona-se com querer desenvolver mais as suas capacidades e conhecimentos e com a procura de feedback para melhorar.
PROATIVIDADE E INICIATIVA: capacidade de iniciar atividades e desenvolvê-las sem que alguém peça; ir à procura de desafios novos, ser autodidata.
MOTIVAÇÃO: estar entusiasmado com o trabalho que está/quer fazer, com o local para onde vai trabalhar; ter os seus objetivos definidos e com capacidade de ultrapassar obstáculos e frustrações para os atingir.
SABER TRABALHAR EM EQUIPA – conseguir gerir o relacionamento e conflitos com os outros, saber comunicar bem, identificar os processos que funcionaram e não funcionaram num projeto que tenha desenvolvido em colaboração com outras pessoas.
RESILIÊNCIA – capacidade de ultrapassar obstáculos e frustrações.

Segundo o estudo “Faz-te ao Mercado” o desencontro entre as Soft Skills identificadas pelas entidades empregadoras e os jovens, ocorre fundamentalmente em duas competências que são muito valorizadas pelos empregadores e os jovens parecem desvalorizá-las, são elas: saber trabalhar em equipa e resiliência.

De entre outras conclusões, saem reforçadas deste estudos as seguintes:
  1. É necessário reforçar o autoconhecimento por parte dos jovens, agindo sobre a sua capacidade de autorreflexão durante o seu percurso formativo.
  2. É fundamental o sistema educativo e formativo proporcionar o contacto dos jovens com o mercado do trabalho, tal como acontece nos cursos profissionais e nos cursos de especialização tecnológica, para que:
Tenham um maior conhecimento sobre o seu funcionamento e do que é esperado deles no contexto de trabalho;
Tenham oportunidades de testar uma área profissional;
Aumentarem o seu autoconhecimento;
Tenham uma maior perceção sobre a importância das soft skills;
Tenham a possibilidade de criar uma rede de contactos profissionais.

FONTE:Faz-te ao Mercado


© Fotografia| COOPETAPE/ETAP Escola Profissional